sábado, 2 de janeiro de 2010

Igreja Kimbanguista

O DOCUMENTO QUE DESENCADEOU A GUERRA NO SEIO DA IGREJA KIMBANGUISTA


Constatações e Resoluções da Assembléia Geral Extraordinária de 7 à 21 de Outubro de 2002

A divisão que continua a fustigar a Igreja Kimbanguista não teve como base a divergência da doutrina mas teve infelizmente interesses materiais.

Para tentar esclarecer um pouco os meus leitores, posso resumir a situação da seguinte forma:

O actual líder espiritual, Sua Eminência Simão Kimbangu Kiangani ao suceder o seu pai Dialungana Kiangani, percebeu logo que a gestão da Igreja escapava-lhe um pouco por causa da presença de alguns dos seus primos.

Além de contestarem a sua autoridade, mais grave ainda, continuavam controlar à revelia, alguns territórios da igreja e realizavam algumas actividades para os seus próprios interesses.

Ora, estas práticas fizeram revoltar alguns fiéis de tal maneira que pressionaram o líder espiritual para que sejam tomadas medidas contra eles para evitar o risco de um sismo.

Foi assim que nasceu a assembleia geral Extraordinária da Igreja Kimbanguista convocada no dia 21 de Agosto de 2002 e que se realizou do dia 7 à 21 de Outubro de 2002 sob a direcção dos reverendos Marcel Wanzungasa Kuamadio, Samba Katumua, Paul Samba et Manuel Mbala.

Nesta assembleia saiu um documento com 63 resoluções, que a seguir publico.

Mas em vez deste documento acalmar a situação, longe disso, estas resoluções vieram ao contrário atirar lenha na fogueira, reavivando assim as contendas existentes à tal ponto que as pessoas em causa e, especialmente, jovens sentirem que eram vítimas de um acerto de contas da parte da velha guarda arranjada com o líder espiritual .

Segundo o relatório oficial elaborado pela Igreja, no final da assembleia, o objectivo da assembleia era "...o restabelecimento da ordem básica Kimbanguista ou seja o estrito respeito dos textos, tais como os estatutos, os princípios e métodos, os princípios fundamentais inalienáveis, os mandamentos, a essência da teologia Kimbanguista, as medidas de execução... "

Para realizar bem este trabalho, a Assembléia, assinalava ainda o relatório, havia adotado a seguinte metodologia:

1. Leitura e tematização da mensagem de orientação do Chefe espiritual, Representante Legal.

2. Exposições seguidas das intervenções da República do Congo, da República de Angola e da República Democrática do Congo.

3. Estudo dos dossiers depositados no escritório da Assembléia pela Igreja na República do Congo, República de Angola, República Democrática do Congo e na Europa.

4. Trabalho em comissões.

As constatações seguintes foram levantadas após esta série de trabalhos e estudos.

CONSTATAÇÕES

1. Interferência e ingerência dos filhos dos nossos três “papas” na gestão da Igreja

2. Recusa dos pré-citados de cumprir com as instruções dos “papas” (Kisolokele Lukelo Carlos, Dialungana Kiangani Salomão e José Diangienda Kuntima) no que respeita à sucessão espiritual. Autoproclamando-se chefes espirituais adjuntos. Do mesmo modo, o conflito que existe na casa familiar tem graves repercussões sobre o funcionamento da Igreja.

3. É de assinalar, segundo as declarações do chefe da casa familiar no dia 20 de agosto de 2002 na aldeia Ngombe Kinsuka e no dia 8 de Outubro de 2002 em Nkamba diante da assembleia geral extraordinária que Paulo Kisolokele não é filho biológico de Papa Kisolokele Lukelo Carlos.

4. A sua conduta dissoluta e os seus propósitos mal intencionados em lugares de culto e nos meios de comunicação (Rádio Televisão Kintuadi) contrários à doutrina da Igreja.

5. O seu comprometimento grave nos assuntos administrativos e financeiros da Igreja.

6. A disfunção e a ineficácia da administração.

7. O não respeito dos textos fundamentais da Igreja.

8. A utilização abusiva do nome da Igreja por terceiros: casos da “Coopérative d’epargne” do “Crédit et de production Kimbanguiste (CECPKI)”, da “Radio Télévision Kintuadi (RTK)”, da “Ecole de Patience (ECOPAT)”.

RESOLUÇÕES

1. Os estatutos, os "princípios e métodos", Fuka ya Bundu, Biuvu ye Mvutu, Princípios Fundamentais inalienáveis, Nzambi kazolanga masumu ko, Ntezi a ntangu, Nkembo ntatu mia yave, sono Tufimpulula kia velela Kanda, Tomboka Nkamba Yelusalemi, Zolanga Yelusalemi dia mpa, Essence de la théologie Kimbanguiste, Mesures d’application, são oponíveis à todos os Kimbanguistas incluindo os descendentes de Papa Simão Kimbangu.

2. A Assembleia apela aos dirigentes da igreja em todos os níveis para vulgarizar todos os documentos citados na primeira resolução.

3. Para a manutenção da santidade da Cidade Santa, a Assembleia recomenda:

a) A Regulamentação da presença e da circulação de pessoas após as honras e as actividades do chefe espiritual, representante legal. Por exemplo, os coros cessem as suas actividades às 18 horas para estarem à frente da residência do chefe espiritual, representante legal.

b) A evacuação da cidade santa para os diversos campos, de toda e qualquer pessoa que tenha fixado residência de maneira permanente. A fortiori, aquelas cuja presença não é indispensável. Especial ênfase é colocada sobre a residência do chefe espiritual, representante legal. Esta última disposição também se aplica a todas as residências do chefe espiritual, representante legal em todo o mundo.

c) A proibição da prática do comércio na cidade santa.

4. A Igreja Kimbanguista toma conhecimento do depoimento feito pelo chefe da casa familiar do chefe espiritual, representante legal, o reverendo Edouardo Diakanua Lutunu sobre os filhos dos nossos três “papas” cujo lista anexa.

5. No que diz respeito aos processos apresentados pelos sobrinhos do Papa Simão Kimbangu e da familia Kuyela. Após serem examinados, a Igreja irá reenvia-los às famílias em causa, para uma solução concertada. Ela estabelece à este sujeito uma nítida separação entre a Igreja Kimbanguista enquanto associação sem fins lucrativos, pessoa moral e as famílias de Papa Simon Kimbangu, Mama Muilu e Papa Kuyela.

6. O conceito "Sagrada Família" não é consagrado pela Igreja Kimbanguista. Por isso, proíbe-se o seu uso abusivo. Ele é reservado unicamente às veneráveis pessoas abaixo mencionadas:

I) Papa Simão Kimbangu.
II) Mama Maria Muilu Kiawanga
III) Papa Charles Kisolokele Lukelo
IV) Papa Salomão Dialungana Kiangani
V) Papa Joseph Diangenda Kuntima

7. A genuflexão é obrigatória diante do chefe espiritual, representante legal.

8. A Igreja Kimbanguista tem apenas um chefe espiritual, representante legal, Sua Eminência Simão Kimbangu Kiangani e não lhe reconhece qualquer adjunto.

9. A Igreja solicita a aplicação sem falha do circular nº 0422/99 de 01/11/1999, que proíbe a utilização dos filhos dos nossos três Papas na gestão administrativa e financeira da Igreja.

10. Os filhos provienentes dos casamentos religiosos são conselheiros do chefe espiritual, representante legal. Eles têm direito à herança espiritual.

11. A Assembleia encarrega o Colégio Internacional com a missão de reunir com os filhos dos nossos três Papas para uma comunicação por escrito sobre a situação crítica que prevalece no seio da Igreja.

12. Para a sua deslocação, os irmãos e as irmãs do chefe espiritual, representante legal tomarão o cuidado de munir-se de um testemunho do chefe espiritual, representante legal, para uma deslocação interna. A saída fora do território de residência está sujeito à uma ordem de missão devidamente assinada pelo chefe espiritual, representante legal.

13. Por toda a parte onde estão instalados, os filhos dos nossos três Papas são obrigados a respeitar os "princípios e métodos" da Igreja e do Circular nº 042/99 de 01/11/1999, que proíbe a Igreja de os misturar na gestão administrativa e financeira.

14. A Igreja Kimbanguista proíbe a utilização da sua marca nas actividades de pessoas privadas. A Caixa de Poupança de crédito e de produção Kimbanguista (CECPKI) sendo um bem privado, a Igreja retira o atributo Kimbanguista àquela instituição financeira. O mesmo acontece com o atributo "Kintuadi" para a Rádio-Televisão Kintuadi (RTK).

15. Qualquer pessoa que ocupa de maneira irregular os imóveis e concessões pertencentes à Igreja é obrigada a deixa-los o mais depressa possível.

16. A Igreja nunca mandatou aos irmãos e às irmãs de Sua Eminência Simão Kimbangu Kiangani, chefe espiritual, representante legal para intervir numa forma ou outra em relação à terceiros.

17. A Igreja decide a impressão do cartão de cristão e de membro do clero com a efígie de Sua Eminência Simão Kimbangu Kiangani, chefe espiritual, representante legal.

18. A Igreja decide o regresso ao colégio único nos três países a saber, a RDC, o Congo e Angola. Por conseguinte, o cargo de Director-Geral é suprimido. São membros do colégio nos seus respectivos países, os representantes legais suplentes, os conselheiros gerais e os inspetores.

19. A Assembleia recomenda a constituição de um gabinete de chefe espiritual, representante legal com tecnocratas competentes, honestos e dedicados.

20. A Igreja decide sobre a constituição de uma comissão ad hoc para modificar os estatutos.

21. A Igreja decide a constituição de uma comissão teológica, repetidamente mencionado em assembleias anteriores.

22. No que respeita à questão da equivalência das funções e de transmissão dos relatórios dos capelães militares para a hierarquia da Igreja, a Assembleia recomenda à Comissão encaregada de modificar os estatutos para examinar esta questão.

23. A Igreja decide a recuperaração das suas frequências, licenças de exploração, homologações, autorizações do ministério da Comunicação, Attestado de Conformidade e outros documentos outorgados à Igreja e utilizados pela Rádio-Televisão Kintuadi (RTK). Ela proíbe à este canal de explorar a matéria Kimbanguista em qualquer assunto.

24. Para reabilitar a imagem de marca da Igreja denegrida pela RTK, a Assembleia recomenda ao Colégio da República Democrática do Congo, do Congo-Brazzaville e de Angola para estabelecer num período relativamente curto, as modalidades práticas para a instalação da Rádio e da Televisão Kimbanguista “RATELKI”.

25. A União da Juventude Kimbanguista "UJKI" na sua forma actual é dissolvida. A Igreja exorta o Departamento de movimentos e associações para definir a nova política e a posição desta plataforma em relação à Igreja.

26. A Igreja dissolve a Associação Escola de paciência (ECOPAT) como estrutura que regrupa os voluntários Kimbanguistas e homolga a decisão da representação provincial da Igreja Kimbanguista no Baixo-Congo, colocando sob disciplina a sua animadora.

27. A Igreja dissolve o Comité de construção da residência de Monkoto.

28. A igreja dissolve a estrutura informal de “Ba N'kengi” e obriga-os de regressar cada um na sua paroquia de origem, em conformidade com os “princípios e métodos da Igreja”.

29. A Igreja proíbe a criação de qualquer grupo de manutenção de ordem fora do Movimento de vigilância Kimbanguista (MSK) e do serviço particular do chefe espiritual (SPC).

30. A Igreja exorta a mutualidade "Mama Muilu" de conformar os seus ensinamentos aos "princípios e métodos" da Igreja e a coloca sob a autoridade e o controle da representação urbana de Kinshasa.

31. Devido ao abuso revelado pelo “KIRES” em matéria de alfandegamento, a Igreja decide retirar-lhe o alfandegamento e a exoneração.

32. Quanto aos "Milimo" no seio da Igreja, a Assembleia reitera a sua proibição nas paróquias da Igreja. Neste contexto, qualquer pessoa que alegue ser tomada pelo espírito deve ir à Nkamba encontrar-se com chefe espiritual, representante legal, o único capaz de decidir sobre esta matéria. Os infratores serão colocados sob disciplina.

33. Todos os pastores nacionais, onde eles se encontram, são obrigados a cumprir estritamente as ordens de Nkamba.

34. Em cada país, a Assembleia recomenda a repartição equitativa dos encargos financeiros sobre as várias províncias (regiões) para o bom funcionamento da Igreja.

35. A Assembleia recomenda aos responsáveis da igreja de ultra ultramar de reforçar o enquadramento dos fiéis Kimbanguistas e de intensificar a evangelização com vista a converter novos fiéis particularmente os nacionais.

36. A Igreja decide sobre a reabilitação dos músicos de Angola indevidamente penalizados acerca da filiação do Papa Paul Kisolokele.

37. A Assembléia exorta a Igreja de Angola de se investir para a construção da Universidade Simão Kimbangu em Angola.

38. A Igreja pede que as atribuições do serviço do protocolo sejam respeitadas.

39. A capelania militar Kimbanguista deve retornar às suas missões tradicionais à saber às de evangelizar nos campos e guarnições militares e limitar a sua missão de evangelização às populações desses espaços. Ao fazê-lo, as pessoas indevidamente infiltradas na capelania militar Kimbanguista devem ser afastadas para manter apenas os 24 capelães oficialmente reconhecidos.

40. A Igreja proíbe estritamente o uso de uniformes militares e o porte de armas nos lugares de culto e de outros eventos da Igreja, excepto à pedido expresso.

41. Sobre o conflito que divide a Igreja Kimbanguista no Burundi, a Assembleia recomenda o convite à Nkamba de todas as pessoas envolvidas. São eles:

1) REV. Rusimbi.
2) REV. Muketa.
3) REV. Miti.
4) REV. Makiambi (representante provincial do Kivu do Sul).

42. A Igreja decide da revitalização do serviço de inspecção, concedendo-lhe os meios consequentes.

43. A Igreja decide sobre a criação de bibliotecas e livrarias em Nkamba e noutros lugares.

44. A Assembleia recomenda aos futuros alunos da escola bíblica de Nkamba de reunir as condições financeiras necessárias antes de fazer a inscrição. Por isso, os dirigentes da igreja à todos os níveis são obrigados de sensibilizar os fiéis e de passar testemunho apenas àqueles vão se conformar à esta disposição.

45. A Igreja decide sobre o respeito estrito da política financeira actual. Para este efeito, é criada uma comissão tripartida (RDC-ANGOLA-CONGO) dos peritos para melhor estabelecer esta política.

46. A Igreja proíbe a interferência e a ingerência das mutualidades com carácter províncial (regional) ou tribal no seu funcionamento.

47. A Igreja pede à direção de redobrar a sua competência nos domínios da construção e do abastecimento.

48. A Igreja exige aos coros o respeito da originalidade dos cánticos.

49. A Igreja recomenda o ensino da língua Kikongo e dos “princípios e métodos” da Igreja na Escola Bíblica de Nkamba e na Faculdade de Teologia Kimbanguista.

50. A Igreja decide a abolição da Direção Nacional de Educação no seio do Departamento de Educação. Assim, o Coordenador Nacional das Escolas convecionadas Kimbanguistas é encarregado do ensino primário, secundário e profissional. O Reitor da Universidade Simão Kimbangu é responsável pelo Ensino Superior, Universitário e da Investigação Científica no seio do mesmo departamento.

51. Agora, após o líder espiritual, representante legal, a segurança cai sob a jurisdição do MSK e do SPC cujo o número deve ser adaptado às circunstâncias.

52. A Igreja decide que as nomeações e as demissões dos membros dos movimentos e associações ocorram em concertação entre as autoridades da Igreja e as estruturas concernadas.

53. A Assembleia recomenda que as nomeações do clero e dos laicos à se adequarem aos "princípios e métodos" da Igreja.

54. A Igreja decide que o circular relativo à repartição por país dos apartamentos a serem construídos em Nkendolo seja aplicado.

55. A Assembleia recomenda à representação da cidade santa de Nkamba para investigar e decidir sobre os casos de roubo de materiais de construção pertencente à República do Congo em Nkendolo.

56. Papa Muya Mayoyi Blaise, Director Nacional de Informação e da Imprensa Kimbanguista na RDC e coordenador distrital por ter se comprometido no exercício das suas funções, particularmente sobre as antenas da RTK que destrói a Igreja é suspenso de todas as suas funções por um período indeterminado. O representante legal, 2º suplente em cargo do Departamento de Informação e Imprensa, o coordenador urbano das escolas convecionadas Kimbanguistas de Kinshasa são obrigados de executar a presente decisão.

57. A Igreja chama à ordem a CHOREKI, por ter se afastado da sua missão original, a de rezar e de trabalhar. A CHOREKI deve respeitar e submeter-se ao chefe espiritual, representante legal, Sua Eminência Simão Kimbangu Kiangani e às autoridades da Igreja.

58. A Igreja decide enviar uma carta de felicitações à Mama Maria Muilu Diangienda e Mama Cristina Diangienda Wabuanadio pela coragem que têm demonstrado em tomar uma posição contra a existência de 25 chefes espirituais adjuntos. Além disso, ela decide fazer uma declaração oficial para fixar a opinião pública tanto nacional como internacional da inexistência dos 25 chefes espirituais adjuntos.

59. A Assembleia recomenda a tomada em cargo dos supervisores que vêm para as "visitas" em Nkamba ou que montam guarda em nossas paróquias.

60. A Assembleia recomenda aos responsáveis da igreja em todos de se investir para dotar todas as nossas concessões de títulos legais.

61. A Igreja decide que os responsáveis do centro de produção Kimbanguista dos Deficiêntes (CEPRKHA) retire a queixa apresentada no tribunal contra a fanfarra Kimbanguista (FAKI). Para isso, a FAKI fica com o edifício do jardim e o CEPRKHA ocupa as instalações utilizadas pelo FAKI no antigo Centro de acolhimento kimbanguita.

62. Os presidentes dos colégios, os pastores nacionais e os responsáveis da igreja em todos os níveis são encarregados, cada um no seu domínio, a implementação destas resoluções.

63. A Igreja estabeleceu uma comissão encarregada de acompanhamento e de avaliação das resoluções da presente assembleia geral extraordinária.

A referida comissão é composta dos seguintes elementos:

Para a coordenação na sede da Igreja em Nkamba

1. Rev. Marcel Wanzungasa Kuamadio
2. Rev. Pierre Samba Katumua

Pela República do Congo-Brazzaville

1. Rev. Paul Samba
2. Rev. Ekema Jean

Pela República de Angola

1. Rev. Wanani Nunes
2. Rev. Manuel Mbala

Pela República Democrática do Congo

1. Rev. André Wete Ndungidi
2. Rev. Malaki Nzunzu

Paulo Maier.

Fonte: www.africamania.com.pt

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